Eu sou uma jovem senhora
Eu sou uma velha menina
Feliz como outrora
Brincalhona e ladina.
Sou o galho de uma árvore
Esperando florescer
Sou estrada complicada
Que se toma ao amanhecer.
Sou a ponta da agulha
Que o dedo pode ferir.
Sou a rosa que desabrocha
Querendo logo se abrir.
Sou capaz de sorri
Do sofrimento que vem.
Mas sou capaz de chorar
Por coisas lindas, e desdém.
Sou abelha que trabalha
Para fabricar o mel.
Mas também sou capaz
De despejar o meu fel.
Sou lúcida quase sempre
E maluca se preciso.
Sou uma criança meiga.
Mas às vezes sem juízo.
De tudo o que eu sou
Posso afirmar certamente
Sou uma velha menina
Que vive, ama e sente.
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